Na era primitiva, o homem só conseguia representar a realidade física. Porém, o
conceito de realidade vai se alargando ao longo do tempo, e vai
incorporando novas dimensões, que não somente a física.
Hoje, chegamos a um ponto em que temos o
domínio do elemento mínimo da imagem (o que já falei em uma
postagem anterior: (http://vanessafroesbastos.blogspot.com.br/2017/11/terceira-reflexao-sobre-cibercultura.html
). Dessa forma, podemos
criar coisas que nunca havíamos imaginado antes.
E aí, entramos no conceito de simulação, exposto por Pierre Lévy na página 165 do seu livro, "Cibercultura". A simulação é um modelo do que pode acontecer, com base em dados científicos já existentes. Assim, podemos produzir modelos e testá-los virtualmente, sem precisar que eles de fato tenham ocorrido. Por isso, o simulador antecede a realidade.
Nesse vídeo por
exemplo, não precisou um meteoro cair na Terra para termos noção do que aconteceria. Isso pode se aplicar também
ao caso dos pilotos quando estão aprendendo a voar. Como seria
terrível se tivéssemos sempre acidentes de avião por conta de
aprendizes de pilotos, não é mesmo? E isso não acontece porque
eles aprendem a voar através dos simuladores.
Hoje, então, temos
novas funções da imagem, como: testar hipóteses, nos levar a tomar
decisões, aprender sobre determinados comportamentos, possibilitar
novas opções de lazer, definir variáveis, produzir
comportamentos e ações na sociedade...
É incrível como a tecnologia nos possibilita tantas coisas, abre porta para coisas tão maravilhosas, mas ao mesmo tempo é assustador como abre portas para coisas ruins, mentiras e propagandas enganosas...
Esse outdoor é um exemplo deles. Ele propaga um padrão de beleza, na intenção de vender um produto, mas na verdade a pessoa que está naquele outdoor não existe. Ou melhor, a "base" dela existe, mas foi completamente modificada no photoshop.
Acho que vale ressaltar, para finalizar essa postagem, que a mudança da realidade ao longo do tempo exige também uma mudança em nós mesmos. Assim, o avanço das tecnologias exige cada vez mais um avanço na nossa responsabilidade quanto ao seu uso. Precisamos estar atentos ao que estamos expostos, seja para celebrar ou combater.
Com certeza Vanessa, cada vez mais precisamos da ética para lidar com o contexto tecnológico, precisamos ser responsáveis pelas ações que desencadeamos, ser críticos de tudo que nos circunda, para podermos agir como cidadãos plenos.
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