quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

SEXTA REFLEXÃO: O novo papel do professor

“Em novos 'campus virtuais', os professores e os estudantes partilham recursos materiais e informacionais de que dispõem. Os professores aprendem ao mesmo tempo que os estudantes. [...] A principal função do professor não pode mais ser uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de forma mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o pensamento.” (LEVY, 1999, pg. 171)

E a minha reflexão nessa postagem vem exatamente nesse sentido; a educação em que o professor é o único detentor do saber já está ultrapassada. O professor tem sim um papel de educador dentro de sala de aula, mas a função dele deve ser principalmente problematizar para que o aluno se interesse e procure aprender. Ou seja, o professor é responsável pelo “incitamento à troca dos saberes” ( (LEVY, 1999, pg. 171)

E com isso, eu entro em outro ponto importante: a disposição das carteiras em sala de aula. Isso diz muito sobre o papel do aluno. Para mim, o aluno deveria desempenhar um papel ativo  e construir, junto com o professor, o seu aprendizado. 

As carteiras enfileiradas uma atrás da outra sugerem exatamente o contrário; que o aluno desempenha um papel passivo frente a um professor detentor de todos os saberes e único foco da atenção.


Já as carteiras em formato de círculo ou semi-círculo, por exemplo, sugerem horizontalidade e me parece que permite uma maior troca de saberes, com todos se olhando.


E isso é importante porque, muitas vezes, os alunos sabem de coisas que o professor não sabe. E tudo bem não saber. Acho que, quando o professor percebe isso, a convivência na sala de aula melhora de forma substancial. E é disso que a educação precisa; de professores conscientes de que são meros mortais e, portanto, não tem como saber tudo, e incentivadores de seres pensantes e ativos. 

domingo, 17 de dezembro de 2017

QUINTA REFLEXÃO: A mudança da realidade ao longo do tempo

Na era primitiva, o homem só conseguia representar a realidade física. Porém, o conceito de realidade vai se alargando ao longo do tempo, e vai incorporando novas dimensões, que não somente a física. 

Hoje, chegamos a um ponto em que temos o domínio do elemento mínimo da imagem (o que já falei em uma postagem anterior: (http://vanessafroesbastos.blogspot.com.br/2017/11/terceira-reflexao-sobre-cibercultura.html ). Dessa forma, podemos criar coisas que nunca havíamos imaginado antes. 

E aí, entramos no conceito de simulação, exposto por Pierre Lévy na página 165 do seu livro, "Cibercultura". A simulação é um modelo do que pode acontecer, com base em dados científicos já existentes. Assim, podemos produzir modelos e testá-los virtualmente, sem precisar que eles de fato tenham ocorrido. Por isso, o simulador antecede a realidade.




Nesse vídeo por exemplo, não precisou um meteoro cair na Terra para termos noção do que aconteceria. Isso pode se aplicar também ao caso dos pilotos quando estão aprendendo a voar. Como seria terrível se tivéssemos sempre acidentes de avião por conta de aprendizes de pilotos, não é mesmo? E isso não acontece porque eles aprendem a voar através dos simuladores.



Hoje, então, temos novas funções da imagem, como: testar hipóteses, nos levar a tomar decisões, aprender sobre determinados comportamentos, possibilitar novas opções de lazer, definir variáveis, produzir comportamentos e ações na sociedade...

Dessa última função, eu gostaria de destacar esse vídeo: 


É incrível como a tecnologia nos possibilita tantas coisas, abre porta para coisas tão maravilhosas, mas ao mesmo tempo é assustador como abre portas para coisas ruins, mentiras e propagandas enganosas... 

Esse outdoor é um exemplo deles. Ele propaga um padrão de beleza, na intenção de vender um produto, mas na verdade a pessoa que está naquele outdoor não existe. Ou melhor, a "base" dela existe, mas foi completamente modificada no photoshop. 


Acho que vale ressaltar, para finalizar essa postagem, que a mudança da realidade ao longo do tempo exige também uma mudança em nós mesmos. Assim, o avanço das tecnologias exige cada vez mais um avanço na nossa responsabilidade quanto ao seu uso. Precisamos estar atentos ao que estamos expostos, seja para celebrar ou combater. 


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

QUARTA REFLEXÃO: É possível sabermos tudo?

"A emergência do ciberespaço não significa de forma alguma que 'tudo' pode enfim ser acessado, mas antes que o Todo está definitivamente fora de alcance." (LÉVY, 1999, pg. 161). 

Essa foi uma das frases que mais me tocou durante a leitura dos capítulos X e XI do livro Cibercultura, de Pierre Lévy. Isso porque, às vezes, achamos que vamos dominar todos os saberes, já que temos "tudo" disponível. Porém, se pararmos para pensar um pouco, ter "tudo" disponível só faz essa tarefa ser ainda mais difícil, ou melhor, impossível... 


Nessa imagem, por exemplo, aparecem cerca de 19.000 resultados de busca em apenas 0,43 segundos. A gente clica em uns 4 pra ler, mas em 19.000, quem consegue?? E esse é só um exemplo simples pra mostrar como está fora dos nossos alcances adquirir todos os conhecimentos existentes. 



Mas eu acho que a graça é exatamente essa, sabia? O que seria de nós se não tivéssemos o que aprender, se não tivéssemos um objetivo de aprendizado? Certamente cansaríamos de uma vida em que soubéssemos tudo... Faz parte da nossa natureza o gosto por desvendar o desconhecido, e isso nos mantém vivos e dispostos a viver. Celebro então, nessa postagem, a impossibilidade de sabermos "tudo". 



Apresentação

Olá! Meu nome é Vanessa, tenho 19 anos e sou estudante da UFBA, cursando o 4º semestre do BI de humanidades. Esse blog foi criado p...