quinta-feira, 23 de novembro de 2017

TERCEIRA REFLEXÃO: Sobre a cibercultura

Na aula de ontem, tivemos uma discussão sobre o capítulo 7 do livro "Cibercultura", de Pierre Lévy (1999). Começamos discutindo vários conceitos de  palavras e expressões presentes no texto, e esse momento me ajudou muito a esclarecer algumas ideias que eu tinha, então resolvi trazer para compartilhar com vocês aqui no blog. 


Um dos conceitos abordados foi o de "digital". Me parece que, por ouvirmos e falarmos tanto essa palavra, temos a sensação de saber o seu significado. Porém, verdade seja dita, a maioria de nós não sabe. Vamos então ao resumo do que entendi sobre digital: digital é um sistema de registro descontínuo, matematizado em uma linguagem universal de 0 e 1. Para ficar mais claro, vamos primeiro entender a oposição: o analógico. Ele é contínuo, o que quer dizer que você precisa passar por "tudo" pra chegar em determinado ponto da coisa (Ex: o ato de avançar ou rebobinar as fitas de VHF, ou a escrita à mão, que você tem que passar tudo à limpo quando quer acrescentar algo no meio do texto depois dele já estar pronto). Portanto, quando a coisa é digital, você não precisa passar por tudo para chegar aonde quer, você pode atuar apenas no ponto que você quer (Ex: quando você tira o olho vermelho da foto).




Também falamos um pouco sobre o programa da cibercultura de que Lévy fala em seu texto. Nele, a interconexão é a base, a comunidade virtual é o meio onde os sujeitos se inter-relacionam em torno de um objeto comum, e a inteligência coletiva é o fim, onde o usuário se articula, aprende, compartilha... 
Esses conceitos vocês acham facilmente na internet e acredito que são mais fáceis de compreender, mas se tiverem alguma dúvida, falem aqui nos comentários que eu faço uma nova postagem explicando um pouquinho eles.
Quero compartilhar com vocês também um vídeo que a professora passou na sala. Nele, André Lemos fala sobre a cibercultura, sobre o fato de ela aumentar a produção de texto e traz alguns fatos bem interessantes sobre o que ele chama de "sistema pós-massivo". 


Eu queria destacar uma coisa que me chamou atenção no vídeo: André Lemos diz que não devemos ficar reféns de equipamentos e devemos entender a virtualização como aquilo que nos permite ler as coisas, nos atualizar e problematizar. Ele ainda diz que se a gente não fizer os alunos problematizarem, nenhum equipamento vai servir. E acho que devemos todos refletir muito sobre isso. A ferramenta pode ser a mais fantástica do mundo, mas se não estimularmos os nossos alunos a refletir e problematizar as coisas, de nada serve. 


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

SEGUNDA REFLEXÃO: Sobre os blogs



A aula de hoje foi baseada no texto "Reflexão entre professores em blogs: passos para novas educações" (disponível em: http://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2015/07/pal3-vol1-dez-20091.pdf) e por isso minha postagem hoje é para falar do próprio blog. 
Durante a minha leitura, gostei muito quando as autoras dizem que "os blogs não são apenas uma ferramenta ou 'instrumento' [...] mas sim, estruturam todo um tipo de fenômeno, próprio dos blogs. Se olhando sobre a ótica da educação, poderia dizer que são passos para novas educações" (HALMANN; BONILLA, 2009, p. 01). Gostei muito disso porque, se vemos e usamos o blog meramente como uma ferramenta, acabamos caindo no erro constante da educação tradicional, que é promover práticas descontextualizadas. 
E nisso o professor que utiliza os blogs na sua prática docente, tem que ter muito cuidado. Ele precisa entender que o blog não é interessante só para fazer o aluno escrever e para atrair a atenção dele (visto que na contemporaneidade é mais fácil o aluno se interessar pelas plataformas digitais). Mais que isso, o blog é interessante porque mescla os "saberes escolares com as atuações de mundo" (HALMANN; BONILLA, 2009, p. 05) além de possibilitar trocas muito ricas entre pessoas com visões  diferentes ou complementares. 



Esses dias eu estava lendo uma matéria sobre a educação na Finlândia (disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150807_finlandia_professores_brasileiros_pai) e fiquei muito impressionada vendo como eles estão evoluindo na educação lá, investindo em práticas contextualizadas e valorizando mais os conhecimentos trazidos pelo aluno. 
Essa matéria não traz como exemplo os blogs, mas acho que eles poderiam muito bem ser usados nesse contexto. O blog é uma das formas interessantes de o aluno compartilhar o conhecimento que ele tem sobre algo que o interessa, além de estimular a autoria, a criticidade e a construção de saberes coletiva. 

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

PRIMEIRA REFLEXÃO: Segurança e liberdade caminham juntas?

Instigada pelo vídeo "Zigmund Bauman - Fronteiras do Pensamento" pude fazer hoje uma profunda reflexão sobre a relação que existe entre segurança e liberdade. Bauman me fez pensar sobre algo que nunca havia passado pela minha cabeça, mas que faz todo o sentido: segurança e liberdade não caminham juntas; muito pelo contrário, são opostas. Se você quer mais segurança, você tem que abdicar de um pouco da sua liberdade, e da mesma forma acontece o inverso. 


Imediatamente, fiz um link desse assunto com uma matéria (disponível em: https://exame.abril.com.br/tecnologia/apps-podem-usar-camera-do-iphone-sem-que-usuario-saiba/) que eu havia visto sobre os aplicativos poderem usar a câmera do iphone sem que o usuário saiba, e sem que ele esteja utilizando o aplicativo no momento. Os celulares proporcionaram e proporcionam para nós tanta liberdade que, em prol de toda essa liberdade, nós nos esquecemos da segurança. Vivemos expostos dia e noite, noite e dia, durante todas as suas 24h, em literalmente todos os lugares. E isso é assustador, porque nós não sabemos quem está tendo acesso às nossas informações, à nossa rotina, à nossa imagem... Fica para refletirmos: o que fazer diante disso? Será que temos o que fazer diante disso? Que cuidados podemos tomar para pelo menos amenizar essa situação?

Apresentação

Olá! Meu nome é Vanessa, tenho 19 anos e sou estudante da UFBA, cursando o 4º semestre do BI de humanidades. Esse blog foi criado p...